Papa Francisco - Mensagem - Atualizado dia 15/12/2014

 

 

Papa Francisco convoca Ano Santo da Misericórdia

“Somos chamados a viver de misericórdia, porque, primeiro, foi usada misericórdia para conosco”, diz o Papa.

Durante a celebração das Primeiras Vésperas do Domingo da Misericórdia, no último sábado (11), o Papa Francisco convocou oficialmente o Jubileu extraordinário da Misericórdia, a iniciar-se no próximo dia 8 de dezembro, festa da Imaculada Conceição. Na bula Misericordiae Vultus ("O rosto da misericórdia"), o Santo Padre explica por que decidiu proclamar este Ano Santo e indica os passos para vivê-lo com fruto.

A data escolhida por Francisco para iniciar o Jubileu é significativa. Em primeiro lugar, aponta para a experiência de misericórdia vivida por Maria Santíssima. "Depois do pecado de Adão e Eva, Deus não quis deixar a humanidade sozinha e à mercê do mal. Por isso, pensou e quis Maria santa e imaculada no amor, para que Se tornasse a Mãe do Redentor do homem", disse o Papa. "Perante a gravidade do pecado, Deus responde com a plenitude do perdão. A misericórdia será sempre maior do que qualquer pecado, e ninguém pode colocar um limite ao amor de Deus que perdoa."

O dia 8 de dezembro de 2015 também marca os 50 anos de encerramento do Concílio Vaticano II. O Papa Francisco assinalou este evento como "uma nova etapa na evangelização de sempre" e, citando São João XXIII e o Beato Paulo VI, ressaltou o primado da misericórdia na vida da Igreja.

Francisco também citou a doutrina perene de Santo Tomás de Aquino, para quem "é próprio de Deus usar de misericórdia e, nisto, se manifesta de modo especial a sua onipotência" [1]. Em seguida, expôs o significado de seu lema episcopal: Miserando atque eligendo. De autoria de São Beda, o Venerável [2], a frase faz referência à vocação do apóstolo São Mateus. "Ao passar diante do posto de cobrança dos impostos, os olhos de Jesus fixaram-se nos de Mateus". Ao mesmo tempo em que penetrou o coração do discípulo com aquele "olhar cheio de misericórdia" (miserando), o Senhor "escolheu-o (eligendo), a ele pecador e publicano, para se tornar um dos Doze".

O Santo Padre estabeleceu como lema do Ano Santo a exortação de Jesus: "Sede misericordiosos, como o vosso Pai é misericordioso" (Lc 6, 36), assinalando a virtude da misericórdia como um "critério para individuar quem são os seus verdadeiros filhos". "Somos chamados a viver de misericórdia, porque, primeiro, foi usada misericórdia para conosco", ensinou.

Ao indicar o caminho para praticar essa virtude, o Papa pediu aos fiéis que ficassem atentos à voz de Deus. "O imperativo de Jesus é dirigido a quantos ouvem a sua voz. Portanto, para ser capazes de misericórdia, devemos primeiro pôr-nos à escuta da Palavra de Deus. Isso significa recuperar o valor do silêncio, para meditar a Palavra que nos é dirigida".

Sua Santidade também pediu que se redescubram as obras de misericórdia. "É meu vivo desejo que o povo cristão reflita, durante o Jubileu, sobre as obras de misericórdia corporal e espiritual". Comuns na catequese tradicional da Igreja, as obras de misericórdia corporal são: dar de comer aos famintos, dar de beber aos sedentos, vestir os nus, acolher os peregrinos, dar assistência aos enfermos, visitar os presos e enterrar os mortos. As de misericórdia espiritual, por sua vez, são: aconselhar os indecisos, ensinar os ignorantes, admoestar os pecadores, consolar os aflitos, perdoar as ofensas, suportar com paciência as pessoas molestas e rezar a Deus pelos vivos e defuntos.

O Papa Francisco também pediu que, no Ano Santo, se dê atenção especial ao sacramento da Confissão. "Ponhamos novamente no centro o sacramento da Reconciliação, porque permite tocar sensivelmente a grandeza da misericórdia". Ele destacou a experiência daqueles que se aproximam do Sacramento da Penitência e "reencontram o caminho para voltar ao Senhor, viver um momento de intensa oração e redescobrir o sentido da sua vida".

Ao fim de sua carta apostólica, o Papa Francisco chamou à conversão todos os que se encontram afastados da Igreja. "O meu convite à conversão dirige-se, com insistência ainda maior, àquelas pessoas que estão longe da graça de Deus pela sua conduta de vida", disse. "A todos, crentes e afastados, possa chegar o bálsamo da misericórdia como sinal do Reino de Deus já presente no meio de nós".

A bula com a qual se convoca o Jubileu extraordinário da Misericórdia está disponível, na íntegra, no site do Vaticano.

 

Papa diz que a Cúria sofre de 'Alzheimer espiritual'

O papa Francisco surpreendeu a todos nesta segunda-feira com uma mensagem de Natal na qual pediu que os cardeais façam um exame de consciência ante o que chamou de "alzheimer espiritual", entre outras doenças que relacionou e que disse afetarem a Cúria.

Em seu discurso anual de uma severidade sem precedentes, o Papa falou aos membros do governo da Igreja contra as rivalidades, as calúnias e as intrigas dentro da Cúria.

O Papa afirmou que, "como qualquer corpo humano", a Cúria sofre de "infidelidades ao Evangelho" e de "doenças que precisa aprender a curar".

O Papa citou 15 doenças, usando expressões fortes como, além de "alzheimer espiritual", "terrorismo do falatório", "esquizofrenia existencial", "exibicionismo mundano", "narcisismo falso" e "rivalidades pela glória".

Através de expressões fortes, que geraram um certo desconcerto entre os cardeais e altos funcionários da Santa Sé, o Papa analisou o que chamou de patologia do maquinário central da Igreja católica, e pediu reflexão, penitência e confissão por ocasião do período natalino.

A primeira doença a que se referiu foi a de "sentir-se imortal e insubstituível", sem defeitos, privado de autocrítica, que não se atualiza nem tenta melhorar.

"É preciso visitar os cemitérios para ver os nomes de tantas pessoas que se consideravam imunes e indispensáveis", alfinetou.

A segunda doença citada foi o "excesso de atividade", de trabalho, e convidou a Cúria a respeitar as férias e a dedicar momentos de descanso com a família, algo que ele pessoalmente não segue.

A terceira doença que atinge os membros da Igreja é "a petrificação mental e espiritual", seguida do "excesso de planejamento e funcionalismo", "má coordenação" e o que chamou de "Alzheimer espiritual", ou seja, o esquecimento do fervor da fé inicial.

Outra grave patologia é a da "rivalidade e vanglória", o viver no mundo das aparências.

Na lista, o pontífice inclui a "esquizofrenia existencial" de quem esquece que está a serviço das pessoas, de quem apenas se limita a realizar trâmites burocráticos, dos que somente dependem de suas próprias paixões, caprichos e manias e "constroem a seu redor muros e costumes".

"Sanar essa enfermidade tão grave é urgente e indispensável", afirmou.

Intrigas e fofocas

O tom foi ainda mais severo quando mencionou a doença das "fofocas e das intrigas", e pediu que todos se protejam desse tipo de terrorismo pelos danos que provoca.

Entre as doenças, incluiu a de "divinizar os chefes", o de ser "vítima do carreirismo e do oportunismo", de pensar "apenas no que pode obter e não no que pode oferecer".

Outra patologia é "a doença da indiferença para com os demais" e a da "cara fúnebre", já que acha que o religioso "deve ser uma pessoa amável, serena e entusiasmada". "Deve transmitir alegria", enfatizou.

"Como faz bem uma boa dose de humor!", acrescentou ainda.

Francisco, que rejeita toda e qualquer ostentação papal, inclui entre os males da Igreja atual os de "acumular bens materiais", de pertencer "a círculos fechados", assim como "ao mundano e o exibicionismo".

Respeitando o estilo singular de seu discurso, o Papa recordou que "os sacerdotes são como os aviões, são notícia apenas quando caem".

E concluiu com uma advertência: "Quanto mal pode causar a todo o corpo da Igreja um único sacerdote que cai", afirmou, aludindo indiretamente aos escândalos sexuais e financeiros, assim como o vazamento de notícias por parte de membros da Cúria, atos que marcaram o pontificado de seu antecessor, Bento XVI.

"A cura é o fruto da tomada de consciência da doença", concluiu o Papa, pedindo que os bispos e cardeais permitam que o Espírito Santo inspire suas ações, invés de confiar apenas em suas capacidades intelectuais.

Depois deste discurso, recebido como uma ducha fria, Francisco saudou um a um todos os cardeais, em um ambiente tenso, apesar das amabilidades de fachada.

"Ele não teve piedade ao dar o nome das doenças que percebe nos ambientes próximos a ele", comentou o vaticanista Gianni Valente.

"Rompeu com o estereótipo do 'papa latino-americano' que não conhece a complexidade da Cúria e a cultura europeia, críticas que provêm de seus detratores para neutralizá-lo", afirma Valente no Vatican Insider.

Francisco conduz desde sua eleição, em março de 2013, uma profunda reforma da Cúria, e topa com inúmeras oposições internas, causando muitas preocupações em certos meios.

Fonte:

br.noticias.yahoo.com/papa-diz-c%C3%BAria-sofre-alzheimer-espiritual-121419352.html

 

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Centro Informativo do Vaticano News.va.

O Santo Padre se reuniu hoje (24/01/2014) em audiência privada com o Cardeal Camillo Ruini, vigário geral emérito de Sua Santidade para a diocese de Roma e que foi o chefe da Comissão Internacional de Investigação do fenômeno Medjugorje. E também hoje o Papa Francisco reuniu-se de maneira privada com o Arcebispo Gerhard Ludwig Müller, prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé (CDF), que recebeu no dia 17 de janeiro o relatório final da Comissão Medjugorje.

Rezemos por um pronunciamento favorável a Medjugorje ainda este ano.

Traduzido do espanhol por Gabriel Paulino - editor site www.medjugorjebrasil.com

Fonte da matéria: https://www.virgendemedjugorje.org/25012014-el-santo-padre-recibio-ayer-al-cardenal-camillo-ruini-y-en-el-dia-de-hoy-al-arzobispo-g-muller/

Matéria original:

El Santo Padre se reunió ayer en audiencia privada, con el Cardenal Camillo Ruini, vicario general emérito de Su Santidad para la diócesis de Roma, quien se ha ocupado durante los últimos cuatro años de dirigir las investigaciones como Presidente de la Comisión de Investigación del fenómeno Medjugorje. Asimismo, en el día de hoy, el Papa Francisco, se ha reunido de forma privada con el Arzobispo Gerhard Ludwig Müller, Prefecto de la Congregación para la Doctrina de la Fe.

 

A la espera de que el Santo Padre se pronuncie pronto sobre Medjugorje, recemos por el fruto de ambos encuentros.

 

FUNDACIÓN CENTRO MEDJUGORJE

 

Papa Francisco diz que grande mensagem de Deus é a "misericórdia". (Publicado em 2013-03-17)

O Papa Francisco disse, este domingo, na paróquia de Santa Ana, que a grande mensagem de Deus é a misericórdia e que Jesus não veio ao mundo pelos justos, mas sim pelos pecadores. Papa dedicou algum tempo a saudar a multidão no exterior da igreja de Santa Ana.

"Também nós somos como esse povo, por um lado gostamos de ouvir Jesus, mas por outro gostamos de criticar os outros, condenar os outros. A mensagem de Jesus é a misericórdia", disse Francisco na missa a que presidiu na paróquia de Santa Ana, no Vaticano, antes de rezar o primeiro Ângelus do pontificado na Praça de São Pedro.

O Papa acrescentou: "digo-o humildemente, a mensagem mais forte do Senhor é a misericórdia". E recordou que Jesus veio ao mundo "não pelos justos, que se justificam por si mesmos, mas pelos pecadores".

A pequena igreja de Santa Ana, no interior dos muros do Vaticano, encheu-se para a celebração, que precede a segunda aparição pública do Papa argentino.

Antes de entrar na igreja, o Papa dedicou algum tempo a saudar a multidão que se encontrava no exterior.